Imaginemos que um juiz dá um pênalti a um camisa nove que tropeça sozinho na bola ainda em seu campo de defesa. Na primeira tentativa ele chuta para fora, mas por ordem do juiz repete-se o lance porque o goleiro teria se mexido - o que não ocorreu. Na segunda, na trave, e na terceira o goleiro defendeu, o que lhe rendeu um cartão vermelho por ter saído do lugar, embora tenha ficado parado no meio do gol e a bola bateu nele. O que a torcida pensaria de tal autoridade?

Dentro desta parábola temos, guardadas as devidas proporções, vemos algo semelhante vindo dos “Supremos” – nome que cairia bem para um grupo de vilões da Marvel® ou DC® - em relação ao uso das regras (leis). Quando lemos em um texto literal, como “proibido pisar na grama”, ordem simples e clara, consideramos que não poderia ser interpretado conforme os interesses (?), pois algumas pessoas estariam liberadas para ações indevidas porque a norma não diz “... exceto nas terças-feiras”, dia potencial ocorrido. Porém se alguém na próxima terça, no uso da nova jurisprudência “pisar na grama”, seria penalizado, pois a lei é clara.

Como disse Sr. Janot, ex procurador-geral da República, “Pau dá em Chico dá em Francisco!”

A coisa está muito estranha! A turma do “Braço forte, mão amiga”, através de seus mais altos líderes, emitiu notas e declarações sobre os mandos e desmandos dos “Supremos”. Sei não... a corda romperá e o recado foi dado a tempo suficiente para as devidas correções e mudanças de posturas. Para quem sabe ler um pingo é letra.

Publicado por
Nelio Ribeiro
Consultor de Marketing Politico
em 10/05/2021 às 18:15