Imaginemos, “hipoteticamente”, que você, depois de um dia de trabalho bem cansativo, chega em casa e descobre que seu filho está ardendo em febre em decorrência de uma viroseinfantil - nada extremamente sério, não chega a ser um caso de risco de morte, mas que exige atenção imediata. Você correria para o hospital mais próximo de sua casa. Ocorre que não poderão ser atendidos porque há uma fila interminável de pessoas agonizando com intensa falta de ar, que aguardam sob grande medo de falecerem por causa de uma pandemia que limita a capacidade dos pulmões e que é altamente contagiosa. Provavelmente você não levará a criança para ser assistida e tentará resolver o problema através de outros métodos.  A questão é que a nossa “história hipotética” (perdão pela ironia) ocorreu e ocorre em vários locais do nosso Brasil, e não faz muito tempo soubemos através da mídia em geral que grandes estruturas foram montadas como colossais hospitais de campanha, onde houve superfaturamentos, até com execução de obras de paisagismo (!), e que depois, por causa das denúncias, desmontaram tudo! Mas para onde foram enviados os inúmeros equipamentos, medicamentos, profissionais (heróis) necessários nas diversas áreas para o atendimento desse povo?! Paralelamente, crianças continuam febris, idosos continuam tendo picos de pressão, adultos se acidentam... não sendo uma questão de alto risco, esses têm seus atendimentos reprogramados para um momento posterior - sabe Deus quando - por causa da sobrecarga em um sistema que, durante décadas, foi sucateado e que há sempre uma desculpa técnica em “economês”, justificando a situação. Fica aqui novamente o meu questionamento: para onde foram enviados os inúmeros equipamentos, medicamentos e profissionais necessários das diversas áreas para o atendimento do nosso povo?!

Publicado por
Nelio Ribeiro
Consultor de Marketing Politico
em 25/03/2021 às 18:15